"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Paixão sem métrica

Você vai me achar louco
Mas eu sou mesmo
Tentei te esquecer de todo o jeito
Mas tudo que trago no peito
É um desejo louco de te ter,
De estar contigo todo dia
Toda hora, de qualquer forma,
Você é a minha droga,
O cheiro que gosto de aspirar,
A pele que quero tocar
Um sentimento sem nome
Que me consome toda noite

domingo, 6 de outubro de 2013

Desgostoso

Eles já me queriam pronto e lá. Eu tinha acabado de despertar para o que seria aquele domingo. Cogitei estender o convite a uma amiga, mas acho que, no fundo, também não a queria. Muito menos eles. Deixou claro que daria muito trabalho. E me veio aquele almoço rotineiro de domingo. Mais gelo, mais uísque. Pegar cerveja no congelador, falar amenidades e assuntos desinteressantes. Fingir que estou lá, quando a minha cabeça está do outro lado do Atlântico. Que preguiça! Então resolvi lavar o banheiro. Joguei sabão em pó no chão, depois foi a água. Queria ver aquelas borbulhas de sabão clareando o chão e as minhas ideias. Precisava começar a existir para mais um dia de domingo. E interagir. Lidar com o outro estava me parecendo até mais difícil do que ter que lidar comigo mesmo. Com meus sentimentos. Com a poeira da casa, com a sujeira. A dúvida e um pré-julgamento, a falta de vontade de ir, o desafio de escolher. Sempre ele.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Uns pensamentos

Gosto de quem me odeia, odeio quem não me ama. Amo quem não me quer e não sei quem me ama. Gosto de rir. De chorar, nem tanto. Mas me derramo, visito céus e infernos normalmente. Vou nas intensidades, ultrapasso limites, me arrisco, mas me protejo. Tenho medo. Tenho prazer. Esnobo, não presto atenção. Sou cego e surdo, às vezes. Vejo além do que se revela. Invento um pouco também. Deliro com minhas fantasias. Não curto muito a realidade, prefiro a ficção. Minhas viagens, o céu e as estrelas. Mas meu pé se mantém na terra. Parece que não desgruda. É um chiclete que me prende. A goma estica e puxa. Um dia ela arrebenta.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Retenção

O problema da descarga denunciou um aprisionamento de sentimentos. Veio a prisão de ventre, a detenção da merda numa masmorra. O coração? Esse só sabe fazer alarde, está a ponto de implodir a qualquer momento. Mas, por outro lado, parece que é só um blefe de jogador experiente. Músculo insolente. É cego e surdo, mas fala pelos cotovelos. Que peste do inferno! Foi se alastrando pelas artérias, maltratando mesmo. Quem poderá consertá-lo? E a descarga, meu Deus!? O jeito é cagar? Só pode.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Próxima parada

"Em mim não habita o deserto que há em ti,
Minha alma é um oásis luminoso.
Você constrói sua jaula, e nela quer ficar -
Cuidado!
Eu faço o que acho que deve ser feito
Na hora certa.
Tem diferença entre paixão e projeção?
Será que terei de me tornar um insensível,
Só pra suprir a demanda do mercado atual?
Quanto mais eu me acho,
Mais eu me perco.
Mas que os tambores batam
E que tudo se acenda
Forte" (Jorge Salomão)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

A expectativa

Quando concluí que paixão é o que move
Queria proporcionar todo o bem que guardo em mim
Presentear, escolher a surpresa adequada
Para aliviar aquele dia nublado que a criatura passou

Ficar por horas e horas só roçando os pés
Sentir as temperaturas que só dois corpos noturnos
São capazes de atingir depois daquele ato
Fumar o cigarro da desobsessão e descer até o peito

Recostar bem naquele mamilo ainda aceso
Falar sobre o infinito, ar rarefeito que domina o quarto
Lembrar do gemido que ouvi ao pé do ouvido,
Gargalhar, abraçar e imaginar que tudo pode dar certo

terça-feira, 19 de março de 2013

Insight

Ficou menos quente, mas a agonia cresceu. Cansei dessa gente, preciso ser mais eu. Vontade de voar, e desobedecer. Voltar a respirar alegria de viver. Pegar o próximo avião, visitar o infinito, um lugar onde o 'não' não traz conflito. E o brilho não ofusca, a verdade não tem razão, prazer é guiar o fusca, viajar pra outra dimensão. Preguiça dos outros, das opiniões pequenas, do prazer dos loucos, dessas caras amarelas.