"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Brilho Eterno

O show do Police está cada dia mais perto. Paralelamente a esta espera, lembro de 'Synchronicity', o disco de 1983. E penso que, embora ainda não tenha comprado o meu ingresso, são tantas as sincronicidades que me acompanham ao longo dos anos. Desde uma surpreende descoberta de conexões entre amigos, que conhecem outros amigos por outros amigos em comum, até as músicas que tocam no celular em modo de reprodução 'random' - e eu quase sempre descubro qual é a proxima que vai tocar -, ou minhas premonições e intuições tão infalíveis. E quero entender a lógica - ou a falta dela - que move o mundo. Quero saber mais, ajudar mais, produzir melhor, acertar. E a cada dia isso é um desafio. Essa prova de vida que machuca tanto, dá preguiça, cansaço. Se ao menos fosse possível apagar determinadas coisas da mente. Se eu pudesse ligar para a 'Lacuna' para me submeter a uma sessão de queima de memória... Ainda me assusto mais com as coisas que estão para acontecer e a razão pela qual elas acontecem. De repente, fico tão pequeno no quadro. Sei da minha relevância, mas isso não é o bastante. Às vezes, 'king of pain', mas nunca 'wrapped around your finger'. Tá na hora de ir embora.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Wondering...

Alguma coisa emocionante. Um fator capaz de alterar o humor, liberar os pensamentos. Que seja de verdade. Não é uma questão de problematizar. Acontece que tudo anda rotineiro demais. Os mesmos problemas, as angústias são todas iguais. Surpresas. Muitas, vindas do infinito. Quero acreditar nisso e, num determinado instante, ser atingido.

domingo, 18 de novembro de 2007

Atropelado Pela Notícia

Quando cheguei a imaginar que não sofreria mais nenhum efeito da indústria, fui literalmente atropelado pela notícia. Lá estava ela, mais fresquinha do que nunca, conquistando sem esforço a capa de mais um jornal. Insaciavél e voraz, é ela quem dita o que é acontecimento. Novidade safada, ou furo histérico, é implacável: capa, tiro e atropelamento. Sem misericórdia. Assim.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

No fechamento

Não é quarta-feira de cinzas, mas toda quarta-feira costuma ser pesada e sinônimo de dia seguinte de alguma folia. E eu nasci numa quarta-feira. Contudo, penso que consegui, mais uma vez. Matei todos os leões, engoli os sapos necessário e, agora, é só esperar por uma nova quarta-feira.
Será?
A rotina me engole, às vezes. Embora eu tenha um poder revigorante de transformar as situações em algo novo, sonho em ter uma vida diferente. Uma vida para cada dia, mas não sei se isso é possível. Por hora, vou fabricando as minhas casquinhas para me proteger das abelhas e, principalmente, dos mosquitos. Eles aparecem quando menos esperamos. E sugam. Enquanto isso, as abelhas espetam onde eu menos imagino, ou onde a minha inocência não me permite elaborar. E assim, um cascão vai ser formando dia após dia. Amanhã, eu serei menos volúvel.
Talvez...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Uma tarde na Delfim Moreira


De Betty Faria para mim, durante a nossa entrevista:

"De que signo você é? Você fica tão vermelho com determinadas coisas. Você é tão transparente. Você nunca vai ser imprensa marrom. Você é transparente. Você fica corado."

domingo, 4 de novembro de 2007

3h51 am

Dois dias depois, me peguei lavando a louça de novo. Madrugada. Sem bolo de batata. Refleti sobre a minha função no mundo e meu grau de evolução. Sem saco de passar mais detergente. Eram mais de dez copos. Pessoas estiveram aqui em casa. E eu lembrei das palavras de Nancy. Sobre funções. Sobre ter a missão de agregar pessoas, introduzi-las. Trazer uma nova comunicação e interagir. Mais um copo. A travessa suja de bolo de batata me observou. Olhei para ela e pensei em sua sujeira. Compreendi naquele momento que algumas coisas apenas são capazes de operar de uma maneira. Poucos conseguem alcançar a versatilidade.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Pensamentos às 2h40 am

Eu tive um momento de serenidade enquanto lavava a louça. De repente, eu estava zen. Pensei na vida das pessoas e nos últimos acontecimentos. As coisas funcionam de acordo com alguma legislação do universo. As facas e garfos estão cheios de resíduos do bolo de batata que fora assad0. Os rostos vão aparecendo na minha frente. Quero compreendê-los. Quero amá-los acima de tudo. Terminei de colocar os talheres no escorredor. O meu torpou não consegue encarar a travessa e a panela sujas de batata e queijo. Peguei o maço de cigarros. Eles são companheiros de tantos prazeres, tantas idéias. A guerra acabou e estamos à volta do tabuleiro. A vida seguiu. E, então, escrevi que tudo, finalmente, encontrará a paz adequada.