"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Matar ou Morrer? Matar!

Passei por novo processo 'Fênix' na semana passada. Pensei que fosse morrer, mas, não. Apenas uma parte de mim foi enterrada. De tempos em tempos, morremos em alguns aspectos. Quando uma crise se agrava, pensamos que a finitude completa poderá justificar qualquer falência interna, emocional, profissional, ou física.
Acontece que alguns pedaços são tão difíceis de serem arrancados. São coisinhas que vamos carregando e até desenvolvemos algum afeto por elas. Ainda assim, machucam. Não vamos morrer se dermos as costas à elas. O processo é de renascimento, de encontro com a vida. A felicidade.
Visitei o inferno e fui mandado de volta aos céus. Não pertenço ao lugar. Não me reconheço lá. Sei de mim na leveza, no sorriso largo, na gargalhada alta. Aquela angústia tinha que ir embora. E foi. Não precisei morrer por isso. Tive apenas que matar.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Meu Número Favorito

Semana passada, estava no ônibus no coming back to Niterói,quando, de repente, comecei a ouvir uns versos conhecidos... Era a faixa 'Três' (literalmente) do cd novo de Adriana Calcanhotto que Mary Fê copiou para mim. Não me contive, liguei para contar minha costatação e ela, sorridente, disse: "É... eu´já sabia disso. Ainda bem que não te falei, ia estragar a surpresa (risos)". Eu já gostava desses versos desde que ouvi a versão meio 'Gothan Project' que está no cd 'Lá nos Primórdios'[2006], da autora da música, Marina Lima. Diferentemente de sua versão eletrônica, a de Adriana Calcanhotto está mais easy e libertadora no arranjo do disco 'Maré' - todo cheio de referências ao mar, menina dos olhos da cantora. Delícia. E três é meu número da sorte.

TRÊS
(Marina Lima/Antônio Cícero)

Um
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você meu sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você
Tudo se complicou

Dois
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer naufragar

Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem bem
Não há lugar pra calúnias
Mas por que não nos reinventar?

Três
Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar