"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

100 (diferentes) vezes

Num raro momento à toa no começo da noite de sexta-feira, lembrei que possuo um blog. Ele anda meio abandonado, é verdade, mas num esquecido por completo. Talvez tenha a ver com o egoísmo que carrego em mim, dizem alguns. Talvez não. O fato é que percebi que este é o post de número 100. E, como inaugurei este departamento em 2007, há dois anos, realmente andei escrevendo pouco, certo? Apenas 100 vezes e cada ano tem 364 dias normalmente. Devia estar no mínimo em torno dos 500... Mas tudo bem. Desisti do padrão há muito tempo. Abandonei as regras, fui me ocupando em rompê-las. E, claro, assumi outras vertentes da minha personalidade, sempre em busca de uma existência mais cômoda, fácil. Mas não virei anarquista por causa disso, graças a Deus. Apenas aprendi a ter jogo de cintura, manipular. O mundo pertence a esses, certo? E é redondinho, nunca se esqueça. Algum departamento mora na filosofia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Parece até coisa de filme...

Era uma noite chuvosa. Atípica. Ninguém esperava muito. E por isso mesmo, fantástica. A água que escorria no rosto encontrou calor ao invés do frio. Dois corpos gelados pelo inverno de Botafogo, duas almas agora tão próximas, ligadas pelo acaso. Escorados um no outro, sabiam desde o começo, embora o instante impressionante ainda estivesse por vir. Para ele, viria com certa surpresa. Para ela, talvez. Na verdade, havia uma fila que parecia interminável no caminho. Passado o afago inicial, o ato viria pouco depois de vagar por aquela casa norturna. Agora com trilha sonora. Eram duas pistas, como de costume. Tantas histórias vividas naquele lugar, mas nenhuma como esta. Depois de muitas subidas e descidas, um momento único próximo ao bar no segundo andar. Uma troca de olhares. Um reencontro de desejos. E o beijo, logo depois daquele abraço forte, quente, aconteceu. E muitos outros, de tantos tipos, que fizeram qualquer ruído desaparecer. Agora havia apenas duas línguas e múltiplos sorrisos em plena interação, fulgás. Sem amanhã, aquilo era fruto do presente, de um instante impressionante. E logo terminou. Ela se foi, ele, não. A caminho de casa, no taxi, chegou a mensagem. Pelo menos, ele espera que sim. Quanto ao futuro, fica a interrogação... como deve ser.