"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

sábado, 10 de outubro de 2009

Crônica de Plantão

Dessa vez acertou o login de primeira. Uma ânsia de escrever preencheu o vazio da solidão. Não. Na verdade, ocupou um espaço que estava vazio. Dia movimentado passou. Chegou o sossego do sábado preguiçoso. Apenas Nina Simone, o vento e a chuva sob a meia luz. Um certo encantamento consigo. Parece que estava com medo deste momento. Tentou de tudo ao longo da tarde. Pensou muito enquanto ia a Petrópolis verificar o desabamento de um barraco que matou quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, por conta da chuva que teima em continuar. Delícia de barulho para alguns, destruição para outros. Recusou os convites. Preferiu passar no supermercado. Ligou o gás do chuveiro, esperou aquecer. Antes, ouviu Bethânia. Colocou assim que botou os pés em terra firme. É de elemento terra, precisa fincar raízes para encontrar segurança. Fumou, bebeu Pepsi e acalmou. Parece conhecer o caminho pois consegue se divertir com toda a ausência.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Madrugada (em Laranjeiras)

Cabine daqui a menos de oito horas. Vai dormir pouco. Gastou-se no fim de semana e agora vai pagar uma segunda-feira, sempre um dia de catarse - seja lá qual for. Mas sente que vai dar tudo certo. Há um alívio dentro de si. Esperança que não morre nunca, mas com alguma preocupação. Sabe se lá qual. Deve passar, sempre passa. Mas agora é para valer. A mundança externa, geográfica, foi feita. Só falta a "afinação da interioridade".