"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Ano Velho

Fim de ano, fim de ciclo, fim de um tempo. Fim. O cerco vai se fechando e, com isso, apertando todos os parafusos que ainda estão precisando de uma regulagem na cuca. É assim que vamos repensando a vida e suas complexidades para podermos renascer e buscar um novo caminho, ou pelo menos uma ferramenta que sirva. Mudamos o tempo todo. Quem ficou preso ao ontem, apegado ao que já passou, certamente vai ter mais dificuldades. Mas fácil não é para ninguém. Repensar tudo o que aconteceu até agora, analisar todos os desdobramentos de uma ou várias situações ao mesmo cansa. Essa fadiga mental, e até espiritual às vezes, necessita de válvula de escape. Com a passagem sentimental do Natal, algumas angústias até desaparecem entre um pedaço e outro de chester, uma fatia de lombinho, batatas, farofa. E o álcool, é claro, sempre funciona como um bálsamo benigno para quem não se torna escravo dele. A bebida acompanha todos os eventos, os reencontros, potencializa os afetos, afasta a tristeza. E assim, sem entendermos bem o sentido das coisas, passamos por tudo isso... até recomeçarmos esse mesmo ritual anual. Não como no ano passado. Algumas questões mudam. Mas se acertamos aqui, erramos ali, ou revestimos um problema com outra fantasia, é sinal de que houve movimento. Pode ter havido até alguma evolução e, uma coisa que antes era fundamental, agora não se encaixa mais. É uma questão de tempo e espaço.