"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
Minha foto
Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Constatações


Fim.
Não, na verdade é o início. Como eu já sabia de tudo que ia acontecer, fui me preparando. É um processo que utilizo há tanto tempo. Não sei quando foi a primeira vez, mas, desde que aconteceu, é inevitável. Se a previsão é de tempo chuvoso, eu deixo um guarda-chuva por perto. Ou não. Também posso me acostumar com a idéia de ficar todo molhado. Não faz muita difença. O que importa é a intuição. E a minha costuma falhar pouquíssimo. Ainda mais quando descobrimos que, quando é para sempre, sempre acaba. Um dia acaba. E se vai acontecer, é sinal de transformação.
Não consegui derramar uma lágrima. Nada. Ficou um silêncio desconfortável, uma inquietação, e só. Uma só explosão. Eu também sou desses que só explode de vez em quando. O problema é a devastação. Voa merda na cara de todo mundo. Queria explodir aos poucos, guardar menos. Mas e a tolerância. Ela reside no cerne da engolição de sapos. Tolerar significa aturar alguma coisa desagradável. Um exercício de paciência que nem Jó dá conta.
Mas eu não prometi que seria um monge. Tudo bem que posso ter agido como tal muitas vezes, mas isso não é um estágio permanente. Há adrenalina, combustão no processo. E agora? Nada de novo. Nada de especial. Tudo cotidiano, simples, funcional. Sem emoção, surpresas. As constatações são todas previsíveis, óbvias. Acho que mais nada vai me assustar. Nem vivi tanto tempo assim, mas alcancei essa comprensão tão depressa. Talvez porque tenha optado por viver intensamente em curto período de tempo. Já não sou o mesmo do almoço. Imagina aquele de antes... puro movimento.
Vamos ver para onde vai o deslocamento. Será que rola remendo? Ainda há muito o que aprender. Veremos. Saudades do futuro.

Um comentário:

Different, but True disse...

o pra sempre sempre acaba....
fato!
beijos, querido