"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
Minha foto
Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Prisão Perpétua

Excitado, aceso, mas cansado também. O relógio do computador marca 5h11. Ao fundo, o som da televisão. Do outro lado das vidraças ainda é noite, bem escura. Alguns prédios piscam. Vejo meu reflexo em um dos vidros. Me sinto vazio, sem ter o que dizer. Estou em silêncio há algumas horas. Queria dormir, mas não posso. Só quando esse plantão terminar. Não precisei sair até agora. Não consegui fazer uma ligação sequer. Nem precisei. Eles fazem tudo e compartilham. Nenhuma urgência roubou a cena. Que bom, melhor assim. Ansioso para ir embora, agora falta apenas 1h45 para isso acontecer. Evitar olhar o relógio parece que acelera seus ponteiros. Mirá-lo é praticamente uma prisão perpétua. O que faço agora? Estou entre o hoje e o amanhã, virado. Um dia que só existe para mim, mas é escuro. Que termine logo!