"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
Minha foto
Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Quando

Já não tenho mais sites para futucar. Essa hora que não passa. Quero sair daqui, mas não sei para onde quero ir. Dá para entender? Não... Vou sair daqui a 1 hora e 45 minutos, mas para aonde, com esse cansaço ainda por cima? Casa? Bar? Rua? Andar seria bom...

Estou cansado, exausto. Se deixar, eu sou capaz de dormir um dia inteirinho. Mas isso não vai acontecer já. Aliás, os prazos estão suspensos. Perdi totalmente a noção de tempo espacial. Não tenho como prever nada. Sei que vai levar tempo, mas não sei quanto.

Enquanto isso, fico com esta bola de ferro atada ao tornozelo e paralizado aqui neste fim de tarde de mais um dia bipolar, ora chuvoso, ora ensolarado. Que desgraça! É uma inconstância tão parecida com o estado interno, no momento, nebuloso.

Claro que vai passar. Tudo passa, como dizem por aí. Mas quando? Quem sabe dizer, meu Deus?!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A hora da abonança

Essa vida tão fragmentada por dias da semana. É neles que os ajustes acontecem. Ainda mais quando a segunda-feira está só começando. Senti um sopro de leveza. O vazio onde normalmente a angústia costuma tomar conta ficou cheio de esperança.

Afinal, os tais dias melhores virão devem estar chegando, não é mesmo? Quem pode passar tanto tempo no campo das dificuldades. O verde-esperança que espero traz amor, saúde, cura, dinheiro, prazeres e, especialmente, realizações.

E eu já queria dar o ano como encerrado desde o mês passado. Impossível! Até 31 de dezembro, 2008 se fará presente com toda a sua complexidade, demanda. Tudo bem, não é mesmo? Para quem chegou em novembro tão bem quanto começou janeiro, é uma benção. A vitória da persistência e do bom humor em plena segunda-feira. Que dia mais produtivo!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Funk


Ainda não posso despejar aqui os novos versos que fizemos. Na verdade, eles são um reflexo tão urbano e poético do cotidiano, pelo menos de quem vive no Rio de Janeiro.

E tem a ver com o funk, expressão máxima da marginalidade, da genialidade de quem expõe em poucas palavras, objetivamente, um estilo de vida que, sim, merece todo o respeito. Além de ser música. Music is our hot hot sex! Certo?

A primeira vez que realmente tive contato com essa sonoridade, em termos de trabalho, foi quando participei, meio que por acidente, da gravação do vídeoclipe do Mc Leozinho. Lembram-se dele? Foi responsável pelo hit do verão 2005/2006, com a pegajosa e incrível 'Ela Só Pensa Em Beijar', pérola que acabou na voz de Roberto Carlos, tá?

Lembro que eu não tinha a menor idéia de quem fosse o tal Mc Leozinho quando o conheci. Sua música, muito, mas muito menos mesmo. Até que pude ouvi-la umas 30 vezes no mesmo dia. E pronto. Acho que nas primeiras 10 audições eu já sabia a letra de cor.

Era um calor de janeiro bem peculiar. Começamos cedo e não havia um roteiro decente, apenas fragmentos de idéias que, felizmente, funcionaram muito bem com palpites e idéias de todos os envolvidos na equipe de filmagem. Sugeri que ele - o Mc Leozinho - mergulhasse no mar no último take. Não existia um final para a historinha de amor de verão do vídeo.

O mar, no caso, não era de Búzios ou da Prainha, na Barra. Era água da Baia de Guanabara, mais precisamente da Praia de Adão, ou a de Eva. Até hoje não sei diferenciar essas praias estranhas e belíssimas que ficam em Jurujuba.

- Você se importa de mergulhar nessa água? - perguntei ao nosso astro do videoclipe.
- Eu? Tá mó calor, problema nenhum - respondeu o artista, que estava derretendo há horas.

Infelizmente, não foi este o take escolhido para o final do vídeo. Mas, eu tive a felicidade de gravar o plano escolhido. Tanto este que acabei de relatar, quanto o que entrou na edição final e tocou em tantas tardes do Multishow.

Quando sai daquela praia já de noite, cansado, bronzeado, depois de ajudar a desmontar o equipamento, ainda não acreditava que aquilo pudesse der certo. Deu. E, volta e meia, é esta música que sacode a pista de qualquer festinha após as 3h, 4h da manhã.

Acho graça da letra que acabei de escrever com Mary. É muito boa. Que ouvido precioso tem essa menina. Que destreza, perspicácia auditiva ela tem. Se é música e tem o toque dela, é ouro puro. E eu, tão ignorante musicalmente, acho que consegui educar estes ouvidos desavisados. Mas tive excelentes 'professores', confesso.

Ah! O vídeo do Mc Leozinho... faço questão: