"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
Minha foto
Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Choro

Ouvindo sem parar Gal cantar 'Mãe'. Ficou no repeat várias vezes. Não quero parar de ouvi-la desde que fui ao show. O título é uma palavra que nunca mais vou usar como vocativo. Não posso mais chamá-la. Quer dizer, até posso, mas ela não pode me responder. Não como fazia antes. Lembro tanto das mãos e do nariz. O sorriso, a voz, o cabelo vermelho. Sempre bonita e maquiada. Tão meiguinha! Às vezes, durona. Mas tinha um coração tão grande, era passional quase sempre(pausa para choro). Agora está lá, ao lado de outras três pessoas que foram e sempre serão tão importantes na minha vida. Só me sinto sem chão. Perder a mãe é o verdadeiro corte do cordão umbilical, uma distância, um rompimento tão drástico e definitivo. Os próximos minutos, horas, dias da minha vida têm sido sem ela já tem um tempo. E eu me sinto como uma criança que ficou órfã. A vida também pode ser madrasta e solitária. No fundo, estamos todos sós na hora da angústia.