"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Rio de Janeiro, Brazil
Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

sábado, 15 de maio de 2010

Restart

Desci do ônibus e fui ao supermercado (pela primeira vez, dentro desta nova etapa). Adoro ir ao supermercado. Tenho verdadeiro prazer em desbravar seções. Sempre vou direto à dos vinhos. Depois, à dos laticínios. Comprei champignon, filé de frango, cheddar, cebola, Stella Artois - adoro - e Coca-Cola. Conversei com uma garrafinha de Chandon Baby por uns instantes mas a deixei lá mesmo, na estante. Ainda não é o momento. Antes, consegui comprar a caneta que escreve em CDs e DVDs. Comprei uns virgens para queimá-los com filmes. Desisti da festa. Em pleno sábado. Quanta coragem! Mudar hábitos pode ser uma atividade prazerosa. Fumei dois cigarros na área. O primeiro, só a metade. Estava meio sem jeito entre as roupas estendidas, a cadeira e o cinzeiro. Mas na segunda vez, arrumei um esquema mais agradável. Não queria ficar em pé. Ela percebeu, mas não comentou. Melhor assim. Ela tenta ser discreta, mas observa todos os movimentos. Eu sou mais discreto. Pelo menos acredito nisso. A cópia ainda está em 53,1%. Odeio esperar. Mas sei fazê-lo, às vezes. A cerveja me alimenta enquanto isso. Sinto o churrasquinho misto do almoço ainda vivo dentro de mim. Mas ele já demonstra sinais de enfraquecimento. Fome mesmo... acho que só de novidades. Eu me adapto bem.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Penúltima

O capítulo desta história está quase no fim. Está mais para isso do que para fim de ciclo. A tacinha com a cerveja, um cigarro terminando de queimar no cinzeiro. Mais um trago e ele já era. A privada vai se enchendo de cinzas e pontas. Lua de queijo bola no céu. Minguante, adequada. Na minha direção. Sorrindo para mim, iluminando a alma noturna. Caetano girando na vitrola sem parar. Trilha da vida, da minha madrugada. Uma de muitas outras tão inesquecíveis quanto esta penúltima vez em Laranjeiras.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ciclo

Dentro de horas, o ponto final. Na verdade, mais algumas reticências da existência. Sinal de sofrimento, deslocamento, coisas de momento. Muitos outros como este, ou pelo menos parecidos, virão por aí. Ansiedade de deixar, ânsia de mudar e muita preguiça. Mas alívio também. Saber dizer adeus, sair de cena. Quantos sabem fazer isso? Limpar o lodo e deixar o jardim transcender? Sempre em frente. Saudades? Só do futuro. Que venha!