"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

domingo, 13 de abril de 2008

A Morte dos Laticínios

Eu pensei que o susto tinha passado. Estava para escrever desde quarta-feira, mas ainda não tinha encontrado a hora certa. E talvez nem escrevesse mais sobre isso. Mas, um novo acidente de carro me motivou. Percebi a morte tão perto esses dias. Rondando mesmo. Ela, que é o avesso da vida, possui o relógio mais preciso que há. Não tem pilha que descarregue, mas, às vezes, algum artíficio é capaz de atrasá-lo (pelo menos um pouco) ou adiantá-lo. Força divina? Tem o toque, sim. Outros, preferem acreditar que as pessoas já nascem com o prazo de validade. Como se fosse aquele carimbo que vem no fundo de um copo de requeijão. Uma vez morto, o ser-humano torna-se apenas um objeto, um corpo. E fede. Exala quase o mesmo odor de um requeijão vencido. Azedo. E deixa tristeza. Se não é a do guloso pelo copo de requeijão, é a da família e dos amigos pela perda do ente tão querido. Não faz mais diferença: quem fica é quem sente. E só.

Um comentário:

Different, but True disse...

Pois é, pra morrer basta estar vivo ou "a vida não dá garantia".
beijos