"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Rotina

Às 21h28 desci do ônibus. Por pouco não levei com a porta do supermercado na cara. É que fecha às 22h, sabe? Consegui comprar os filés de frango, o pão e a Coca-cola. Essa nunca pode faltar. Cheguei em casa e fui direto para o quarto, junto com as sacolas. Reparei que a ventania de hoje tinha rompido um dos fios do lado esquerdo da terceira persiana da janela. Subi na cadeira, retirei-a. Levei aquela surra para entender como poderia consertá-la. Mas consegui. Fui para a área, tinha uma pilha de roupa suja para lavar. Escolhi as peças mais importantes e as joguei dentro da máquina. Encarei a louça de dois dias. Venci. Tinha botado na cabeça que ia fazer um frango com gorgonzola, acompanhado de arroz com amendoim e batata palha. Peguei a tábua. Piquei a cebola e o frango. Separei um pedaço de gorgonzola. A Coca foi para o congelador. Refoguei o arroz, botei a Sade para cantar na sala. Ah! Antes da roupa, liguei para uma amiga. Para reclamar um pouco. Foi bom, fiquei aliviado, na verdade. Acendi um cigarro. Depois, um incenso. Voltei para a cozinha para vigiar o arroz. Em 20 minutos ficou pronto. Fritei o frango picado na manteiga com a cebola, coloquei o gorgonzola e uma colher de requeijão. Tudo pronto. Montei o prato e fui para a sala. Agora era a Annie Lennox que estava saindo pelas caixas. Queria ouvir alguma coisa leve, fácil, menos esporrenta. Deu certo. Terminado o rápido e delicioso jantar que, modéstia a parte, ficou maravilhoso. Retornei à área. A roupa precisava sair da máquina e se materializar na corda. Tirei tudo então. Voltei para a pia da cozinha e enfrentei uma nova louça. Fumei outro cigarro enquanto descrevia aqui as últimas três horas. Agora vou para o banho. Solidão, que nada. A cama me espera.

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