"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Stranger in the night

Mais uma mala para ser feita. Só não sei como vou conseguir enfiar dentro dela todas as lembranças que estão passando pela minha cabeça. Uma angústia que precisava ser depositada em algum lugar. O tempo também passou para mim. Já consigo perceber no espelho algumas marcas. Dez anos se passaram e eu estou aqui, sozinho. Hoje, eu não queria que ninguém aparecesse. Tive três perdas muito significativas nesses últimos dois anos. Assim, sem explicação aparente, vítimas do destino, elas se foram. Desse plano. Na verdade, continuam por aqui. São presentes não só na memória, mas também nos objetos que me cercam. Quero acreditar que elas levam vantagem sobre mim e todos os outros que aprendem diariamente a lidar com a saudade. Mas o pior é que tem gente viva que faz tanta falta, que não é mais como um dia de quase dez anos atrás. Esses buracos são preenchidos com muito trabalho, sangue, suor e algumas lágrimas, até transbordam às vezes. E eu devia estar muito feliz por isso. Em parte, estou. Nem poderia ter motivos para queixas. Seria absurdo. Com viagem marcada para daqui a três dias, com direito a uma semana de descobertas e todo o luxo do mundo, I only need to pack my life!

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