"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Madrugada

O "silêncio" da madrugada. Não tem um cão sequer latindo agora. Ouço apenas a brasa do cigarro queimando e o barulho do ventilador. Esta é a verdadeira primeira noite de primavera/verão, como não negam os termômetros que acusaram plenos 34 graus no começo da tarde. A lua é cheia e brilha lá fora. O esplendor deve acontecer amanhã ou depois. Por dentro, eu fiquei vazio por um instante. Tudo que eu sei fazer ou devo fazer desapareceu. Não sei como. Criatividade, atividade, radioatividade. Deve ter sido em uma destas manifestações. Os círculos que fazem os ventidalores de teto. Não só isso, o ruído. Ele quem rompeu a minha angústia. Pausou meus batimentos também. Me fez respirar, ainda que ofegante, cansado. Ainda há muito o que fazer pela frente. E em curto tempo. Já não tenho muito, essa é a verdade. Preguiça! Preguiça de pensar o que escrever. Fadiga, inércia, falta de iniciativa. Não! ...Iniciativa eu tenho, eu planejo muitas vezes. Mas, não executo. Deixo para amanhã ou depois. De última hora... ou, então, não faço nada. Adio. Finjo que não escuto. Pulo a pergunta, saio de perto, sumo da vista. Ah! Queria tanto desaparecer... ficar invisível talvez resolvesse. Mas não insignificante. Esse estágio não é fértil. Preciso de segurança e tudo que eu penso é descaminho. Ou melhor, caminho para outras partes, artes! A abstração da forma, a liberdade, o desejo. Não essa batalha hierárquica a qual me submeto diariamente para gerar notícia diariamente. Quero um dia 36. Fora do calendário, mas com lua cheia, feito essa que sobrevoa o telhado da minha casa nesta noite estranha de princípio de calor.

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