"Enquanto houver champanhe há esperança" (Zózimo)
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Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Sorte

Quando tudo indica que o dia vai ser complicado e as obrigações começam a bater incessantemente à sua porta, o elemento sorte surge (nem sempre, mas quando acontece, é ótimo) e faz tudo funcionar com leveza. Aquela leveza do post de baixo. Lembram? Aquela que é sustentável e tão necessária (para mim). Às vezes, surge uma dúvida, uma angústia na minha cabeça: por que meus temas se repetem tanto? Tudo que eu escrevo é resultado de uma comparação entre a leveza e a dureza da vida. Ora leve, ora pesada, essa vida tão ridícula é alvo de posts queixosos às segundas, e divertidos às quintas. Para mim, são dias-da-semana-divisores-de-águas. Eles compreendem as zonas de humor. E as minhas risadas tão peculiares, tão perseguidas e, ainda assim divertidas, continuam servindo de base para mascarar todo o sofrimento que eu posso vir a ter. Mas com a sorte é diferente. Normalmente provida de boa índole, é muito difícil causar transtorno. O único sentimento maligno que a sorte pode causar é aquele que todo mundo costuma negar a existência: I-N-V-E-J-A. Uma palavra estranha, com três vogais, três consoantes, e um alvo preciso: V-O-C-Ê. Mas a minha sorte de hoje é ter a sorte de ninguém saber que hoje eu tive sorte. Enquanto pensava que tudo seria dificil, impossível, chato e improvável, alguns sinais surgiram e aceitei-os sem pestanejar. Fui contrariado com louvor. Mas, não podemos contar vitória antes do fim da batalha. Essa semana (ainda) conta com outros cinco dias.

Um comentário:

Senhoras Secas & Molhadas disse...

Adorei o poema. Dá vontade de roubar...rs Mas eu prefiro guardar num cofre, com e em segredo, ao lado de outros tesouros. Seus comentários são sempre os melhores!
Beijos! Mathilda