O ano foi intenso. Isso é inegável. Mas não considero um ano ruim. 2007 foi cheio de armadilhas, surpresas, reencontros, e trouxe um amadurecimento incrível. Tenho certeza que não sou mais quem eu era há um ano, no final de 2006. A vida ensina e castiga, ao mesmo tempo. E, com isso, a cada dia vem uma nova missão, uma função involuntária, mas presente, precisa, necessária. Meus olhos viram muito. Os ouvidos ficaram especiais, assim como a voz, que entrou numa de cantar. Frustrações? Não carrego nenhuma, no momento. Fico pensando se alguma coisa está faltando? Óbvio que sim. Claro, tem sempre alguma coisa fora do lugar. Uma espera. Uma angústia. Mas não é um sentimento dominante. Funciona como um termômetro apenas. E, enquanto termômetro, aponta os ups and downs diários. Força. Quando tudo parecer estar chegando ao fim, ela se mostra tão visceral, que a fraqueza fica tão contrariada. O bom humor foi um grande aliado, sempre com um poderoso jeito de reverter uma situação, agredir, e incomodar. Eu nunca havia pensado que o bom humor fosse capaz de incomodar alguém. Normalmente, é o mau humor que destrói a alma das pessoas. Tive que aprender que, diferentemente de mim, existem forças negativas que operam da pior maneira possível. É um amontoado de equívocos, complexos, a serviço do pequeno, da mesquinharia, da falta. É a falta que algumas coisas representam nessas infelizes vidas alheias. Tenho o bom humor, a educação, o discernimento, a noção. Mas quando dou de cara com a boca do canhão, é sempre terreno perigoso. Desejo o bem. Isso é importante. Dia desses, no meu trajeto habitual - leia-se Ponte Rio-Niterói - me deparei com os seguintes dizeres nas paredes recheadas do Gentileza, perto da Rodoviária Novo Rio: "Só é feliz quem é do bem e faz o bem".
Ser do bem é uma tarefa diária. E é uma provação também. São tantos os momentos em que somos testados. Não pelos outros, mas pela própria consciência. Passei nesses testes. Sei também que o excesso de bondade é prejudicial. Ainda assim, prejudicial apenas a quem faz o bem. Quem pratica o mal, além de praticá-lo conta si mesmo, destrói quem está em volta.
Essas pessoas são felizes? Não. Podem ser tudo, menos felizes. É preciso ter gratidão. Eu agradeço por estar vivo. E você?
Em 2008, desejo que o mundo seja mais feliz.

- Guilherme Scarpa
- Rio de Janeiro, Brazil
- Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.
sábado, 29 de dezembro de 2007
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
2008?

Um tempo contemporâneo, sadio, revelador, positivo, amoroso e pacífico.
"Eu vejo a vida
Melhor no futuro
Eu vejo isso
Por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste
Em nos rodear...
Eu vejo a vida
Mais clara e farta
Repleta de toda
Satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão...
Eu quero crêr
No amor numa bôa
Que isso valha
Prá qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...
Eu vejo um novo
Começo de era
De gente fina
Elegante e sincera
Com habilidade
Prá dizer mais sim
Do que não, não, não..." (Lulu Santos)
sábado, 15 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Frases
"O deboche é a arma dos fracos. É o único meio de agressão que eles conhecem. É a única coisa que eles sabem fazer, entendeu?" Luiza Scarpa
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Antes de Dormir
Ainda impressionado com a quantidade das idades e unidades.
Passadas as impressões e comunicações canções,
Vejo que toda a conexão da imensidão global
Atinge a todos aqueles que inventam compaixão.
Debaixo do seu colchão há uma sensação de interseção
Não de via direta, reta, estreita, correta
Mas sim de desvios, atalhos, outros caminhos.
São estes que elevam o humor, o calor e mudam de cor
Tremendos necessários efeitos capazes de trazer a situação
Para destilar veneno, açoitar o coração e livrar da destruição
Da camada do orgulho, velho, surrado e sujo
Que muitos carregamos como engano para nossos súditos
Passadas as impressões e comunicações canções,
Vejo que toda a conexão da imensidão global
Atinge a todos aqueles que inventam compaixão.
Debaixo do seu colchão há uma sensação de interseção
Não de via direta, reta, estreita, correta
Mas sim de desvios, atalhos, outros caminhos.
São estes que elevam o humor, o calor e mudam de cor
Tremendos necessários efeitos capazes de trazer a situação
Para destilar veneno, açoitar o coração e livrar da destruição
Da camada do orgulho, velho, surrado e sujo
Que muitos carregamos como engano para nossos súditos
domingo, 9 de dezembro de 2007
Beautiful (Sun)day
Os primeiros raios de luz multiplicaram-se em segundos
Os olhos, que já estavam cansados, pararam para ver
Do que aquilo tudo se tratava
Quantos azuis e vermelhos se encontraram?
Duzentos e cinquenta tons de cores e vibrações
Em outras cidades vizinhas, por trás das colinas, era sol
E agora estava chegando pra espantar aqueles vampiros
Encaminhar os deliquentes bêbados para casa, de graça
Com chama, céu, charme, colchão, pijama e chão
Tudo que era visão obteve razão
Na condição de existir e resistir com gratidão
A mais um amanhecer de luz clarividente
Pra quem sonha com a imensidão
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Mamãe Natureza
"Não sei se eu estou pirando
Ou se as coisas estão melhorando
Não sei se eu vou te algum dinheiro
Ou se só vou cantar no chuveiro
Estou no colo da mãe natureza
Ela toma conta da minha cabeça
É que eu sei que não adianta mesmo a gente chorar
A mamãe não dá sobremesa..." (Rita Lee)
Ou se as coisas estão melhorando
Não sei se eu vou te algum dinheiro
Ou se só vou cantar no chuveiro
Estou no colo da mãe natureza
Ela toma conta da minha cabeça
É que eu sei que não adianta mesmo a gente chorar
A mamãe não dá sobremesa..." (Rita Lee)
domingo, 2 de dezembro de 2007
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Brilho Eterno
O show do Police está cada dia mais perto. Paralelamente a esta espera, lembro de 'Synchronicity', o disco de 1983. E penso que, embora ainda não tenha comprado o meu ingresso, são tantas as sincronicidades que me acompanham ao longo dos anos. Desde uma surpreende descoberta de conexões entre amigos, que conhecem outros amigos por outros amigos em comum, até as músicas que tocam no celular em modo de reprodução 'random' - e eu quase sempre descubro qual é a proxima que vai tocar -, ou minhas premonições e intuições tão infalíveis. E quero entender a lógica - ou a falta dela - que move o mundo. Quero saber mais, ajudar mais, produzir melhor, acertar. E a cada dia isso é um desafio. Essa prova de vida que machuca tanto, dá preguiça, cansaço. Se ao menos fosse possível apagar determinadas coisas da mente. Se eu pudesse ligar para a 'Lacuna' para me submeter a uma sessão de queima de memória... Ainda me assusto mais com as coisas que estão para acontecer e a razão pela qual elas acontecem. De repente, fico tão pequeno no quadro. Sei da minha relevância, mas isso não é o bastante. Às vezes, 'king of pain', mas nunca 'wrapped around your finger'. Tá na hora de ir embora.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Wondering...
Alguma coisa emocionante. Um fator capaz de alterar o humor, liberar os pensamentos. Que seja de verdade. Não é uma questão de problematizar. Acontece que tudo anda rotineiro demais. Os mesmos problemas, as angústias são todas iguais. Surpresas. Muitas, vindas do infinito. Quero acreditar nisso e, num determinado instante, ser atingido.
domingo, 18 de novembro de 2007
Atropelado Pela Notícia
Quando cheguei a imaginar que não sofreria mais nenhum efeito da indústria, fui literalmente atropelado pela notícia. Lá estava ela, mais fresquinha do que nunca, conquistando sem esforço a capa de mais um jornal. Insaciavél e voraz, é ela quem dita o que é acontecimento. Novidade safada, ou furo histérico, é implacável: capa, tiro e atropelamento. Sem misericórdia. Assim.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
No fechamento
Não é quarta-feira de cinzas, mas toda quarta-feira costuma ser pesada e sinônimo de dia seguinte de alguma folia. E eu nasci numa quarta-feira. Contudo, penso que consegui, mais uma vez. Matei todos os leões, engoli os sapos necessário e, agora, é só esperar por uma nova quarta-feira.
Será?
A rotina me engole, às vezes. Embora eu tenha um poder revigorante de transformar as situações em algo novo, sonho em ter uma vida diferente. Uma vida para cada dia, mas não sei se isso é possível. Por hora, vou fabricando as minhas casquinhas para me proteger das abelhas e, principalmente, dos mosquitos. Eles aparecem quando menos esperamos. E sugam. Enquanto isso, as abelhas espetam onde eu menos imagino, ou onde a minha inocência não me permite elaborar. E assim, um cascão vai ser formando dia após dia. Amanhã, eu serei menos volúvel.
Talvez...
Será?
A rotina me engole, às vezes. Embora eu tenha um poder revigorante de transformar as situações em algo novo, sonho em ter uma vida diferente. Uma vida para cada dia, mas não sei se isso é possível. Por hora, vou fabricando as minhas casquinhas para me proteger das abelhas e, principalmente, dos mosquitos. Eles aparecem quando menos esperamos. E sugam. Enquanto isso, as abelhas espetam onde eu menos imagino, ou onde a minha inocência não me permite elaborar. E assim, um cascão vai ser formando dia após dia. Amanhã, eu serei menos volúvel.
Talvez...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Uma tarde na Delfim Moreira
terça-feira, 6 de novembro de 2007
2h07 am
Eu estava sentindo falta das imagens. Karen observou uma vez: "Mas e as imagens? Você é rodeado por imagens", disse isso quando viu meu quarto forrado por discos e posters de filmes. O que eu vejo? Não sei. Mas gostei de olhar a Baía de Guanabara, enquanto estava na barca, no último sábado. O mar acalma as emoções, alivia a angústia. É força. Elemento água.
domingo, 4 de novembro de 2007
3h51 am
Dois dias depois, me peguei lavando a louça de novo. Madrugada. Sem bolo de batata. Refleti sobre a minha função no mundo e meu grau de evolução. Sem saco de passar mais detergente. Eram mais de dez copos. Pessoas estiveram aqui em casa. E eu lembrei das palavras de Nancy. Sobre funções. Sobre ter a missão de agregar pessoas, introduzi-las. Trazer uma nova comunicação e interagir. Mais um copo. A travessa suja de bolo de batata me observou. Olhei para ela e pensei em sua sujeira. Compreendi naquele momento que algumas coisas apenas são capazes de operar de uma maneira. Poucos conseguem alcançar a versatilidade.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Pensamentos às 2h40 am
Eu tive um momento de serenidade enquanto lavava a louça. De repente, eu estava zen. Pensei na vida das pessoas e nos últimos acontecimentos. As coisas funcionam de acordo com alguma legislação do universo. As facas e garfos estão cheios de resíduos do bolo de batata que fora assad0. Os rostos vão aparecendo na minha frente. Quero compreendê-los. Quero amá-los acima de tudo. Terminei de colocar os talheres no escorredor. O meu torpou não consegue encarar a travessa e a panela sujas de batata e queijo. Peguei o maço de cigarros. Eles são companheiros de tantos prazeres, tantas idéias. A guerra acabou e estamos à volta do tabuleiro. A vida seguiu. E, então, escrevi que tudo, finalmente, encontrará a paz adequada.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Wondering about nothing (but fears)
How do you feel about losing something so unreplaceble?
And when you just know where you´re going through
You just let life keeps its damm way to the unbelievable
How do you tuff things that came with your thoughts?
And when you just know where you´re going through
You just let life keeps its damm way to the unbelievable
How do you tuff things that came with your thoughts?
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