
- Guilherme Scarpa
- Rio de Janeiro, Brazil
- Sem uma verdade-conclusão, sigo escrevendo com paixão sobre tudo que absorve essa existência do cão.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Águas de Fortaleza
De repente, aqui, num ponto qualquer do 'Atlantic Ocean', de frente para esse mar tão infinito, largo, volumoso, profundo. Como é bom poder observá-lo com calma e apreciar sua beleza tão singular. O azul é emocionante. As caravelas estacionadas, uma onda à parte. Mansas, as àguas de Fortaleza acalmam os olhos e o coração. São estáveis, equilibradas, não quebram, não espumam. Que privilégio poder existir nesse lugar, nordeste do Brasil. Simplesmente estar.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Um quarto de hotel em São Paulo
Ainda impressionado com a estranheza do dia. Primeiro um filme surreal, longuíssimo, tristíssimo, desconfortável, agoniante. Depois uma viagem para São Paulo igualmente esquisita, vazia, fria. Terminei o jantar rápido. Sentei à mesa sozinho, como fiz poucas vezes. Não queria interagir com ninguém, nem conhecia ninguém. Quando terminei, pedi um vinho para viagem. Queria voltar para o quarto, mas também precisa respirar. Então, dei uma volta no quarteirão para fumar um cigarro e absorver o inverno que está chegando a esta cidade. Frio que não era de Paris, nem de Londres, infelizmente. Queria estar em qualquer outro lugar, menos neste quarto. Queria acertar a comunicação, escrever torto nas linhas certas. O contrário, talvez. Mas escrevi tantas coisas e não consegui enviá-las. Faltou coragem, deu preguiça. Não queria a ansiedade das réplicas, nem imaginava escrever tréplicas em algum momento. Preferia ser ouvido e entendido e ponto. Mas quase não tinha a dizer. Essa que é a verdade do vazio deste quarto de hotel. Um copo que não esvazia, um sono que não me derruba, a falta de algo interessante na televisão. Voltei e não consegui tirar os sapatos como fiz assim que cheguei. Abri o vinho, sim. Transformei um pires que encontrei no armário em cinzeiro imediatamente. Nem sei se posso fumar aqui dentro. Mas não me preocupei com isso. Preciso ainda encontrar no silêncio e na falta de sentido desse dia uma resposta. Seja qual for. Medo do negativo, desejo do impossível. Hoje está faltando fé na positividade, mas por quê? São 11h24 no microondas que está à minha esquerda. A tv de plasma desligada. Pouca luz, a música parou de tocar e não consigo escolher outra. Muito menos terminar essa garrafa de 375 ml. Meu quarto fica do lado do elevador, no segundo andar. Tem vista para prédios altos. Eles emolduram a noite preta, em Moema.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Uma noite em Botafogo
Um cheiro de chuva invadiu todos os poros do apartamento. Não caía nada do céu há muito tempo. Talvez desde que o drama se instaurou há mais de um mês. Na verdade, existe um sopro de sofrimento no ar tem tempo. Mas é melhor esquecê-lo, transformá-lo, guardá-lo em algum lugar, por alguns instantes. Para não enlouquecer e poder transcender. Troquei as pilhas do gás para, enfim, tomar um banho quente. Não que estivesse frio, estava calor até. Queria confortar o corpo e a alma. Acho que consegui, por um segundo, encontrar a paz aqui. Home sweet home.
sábado, 24 de julho de 2010
Devaneio
Sábado de pouco sol e preguiça,
Cama-masmorra, que não deixa sair
É que a mente anda irritadiça
O corpo está cansado de sacrificar
A mente mente sem dar uma trégua
Somos atores da vida real,
Transeuntes que não usam a régua
Para medir o que é imoral
Cama-masmorra, que não deixa sair
É que a mente anda irritadiça
O corpo está cansado de sacrificar
A mente mente sem dar uma trégua
Somos atores da vida real,
Transeuntes que não usam a régua
Para medir o que é imoral
terça-feira, 6 de julho de 2010
Dia errado
Hoje o dia nasceu com o pé esquerdo
Engarrafamento imprevisível
Primeiro, o táxi enguiçado, o medo
Depois, a angústia tangível
Eu entrei no táxi do lado esquerdo
E desci pelo direito, crível?
Mas dava tempo, ainda era bem cedo
O pior veio depois, sem céu
O ator foi embora pelo lado direito
Eu juro que achei very well
Misunderstood muito, troço sem eixo
Que gastou meu dia sem mel
Voltei quieto, sorrindo pelo caminho
Trabalhei não, fiz passatempo
Ali, sentado como estranho no ninho
Sem mágoa, não é temperamento
É acreditar mesmo na falha do sentido
Engarrafamento imprevisível
Primeiro, o táxi enguiçado, o medo
Depois, a angústia tangível
Eu entrei no táxi do lado esquerdo
E desci pelo direito, crível?
Mas dava tempo, ainda era bem cedo
O pior veio depois, sem céu
O ator foi embora pelo lado direito
Eu juro que achei very well
Misunderstood muito, troço sem eixo
Que gastou meu dia sem mel
Voltei quieto, sorrindo pelo caminho
Trabalhei não, fiz passatempo
Ali, sentado como estranho no ninho
Sem mágoa, não é temperamento
É acreditar mesmo na falha do sentido
sábado, 5 de junho de 2010
Destino?
Inundado de pensamentos, estava voltando para casa. Meio sem rumo, na verdade. Até que o ônibus desviou da rota para meu espanto. O motorista resolveu fazer a gentileza de deixar uma senhora mais à frente e mudou o caminho. Com isso, afetou o destino dos passageiros, o seu próprio, e de uma outra pessoa. O sinal estava verde - isso é o que ele insistia em dizer pouco depois do acidente. Ao atravessar um cruzamento, surgiu um carro. Vinha pela rua transversal. A colisão foi fatal. Em instantes, não tive muito tempo para pensar no que estava acontecendo. Apenas segurei o banco da frente com as mãos. Ninguém que estava no ônibus sofreu qualquer arranhão. Mas o carro, sim. Rodopiou feito um pião no meio da avenida. Foi parar do outro lado da pista. De dentro dele, o homem que estava ao volante saiu. De pé. Mas não por muito tempo. Já não consigo lembrar se havia alguém do lado dele. Se sim, talvez não esteja mais entre nós. Horroroso, o acidente logo juntou um numero razoável de pessoas. Uma ambulância chegou em menos de 10 minutos. A polícia também. Éramos quatro ou cinco passageiros. Dois deles ficaram para testemunhar a favor do motorista do ônibus. Eu, não. Queria sair dali. Aquele não era o rumo que eu pretendia tomar esta noite. Peguei o terceiro táxi que passou. Não me contive. Contei ao motorista deste o que tinha acabado de acontecer. Ele ouviu a história. No final apenas disse: "Quando mudamos o destino, estamos sujeitos a isso". Acho que as palavras exatas não foram essas. Mas é uma síntese pertinente. Agora, cá estou eu com a mente recheada de fragmentos do que assisti e do que quase me tornou vítima. Que acaso!
sábado, 15 de maio de 2010
Restart
Desci do ônibus e fui ao supermercado (pela primeira vez, dentro desta nova etapa). Adoro ir ao supermercado. Tenho verdadeiro prazer em desbravar seções. Sempre vou direto à dos vinhos. Depois, à dos laticínios. Comprei champignon, filé de frango, cheddar, cebola, Stella Artois - adoro - e Coca-Cola. Conversei com uma garrafinha de Chandon Baby por uns instantes mas a deixei lá mesmo, na estante. Ainda não é o momento. Antes, consegui comprar a caneta que escreve em CDs e DVDs. Comprei uns virgens para queimá-los com filmes. Desisti da festa. Em pleno sábado. Quanta coragem! Mudar hábitos pode ser uma atividade prazerosa. Fumei dois cigarros na área. O primeiro, só a metade. Estava meio sem jeito entre as roupas estendidas, a cadeira e o cinzeiro. Mas na segunda vez, arrumei um esquema mais agradável. Não queria ficar em pé. Ela percebeu, mas não comentou. Melhor assim. Ela tenta ser discreta, mas observa todos os movimentos. Eu sou mais discreto. Pelo menos acredito nisso. A cópia ainda está em 53,1%. Odeio esperar. Mas sei fazê-lo, às vezes. A cerveja me alimenta enquanto isso. Sinto o churrasquinho misto do almoço ainda vivo dentro de mim. Mas ele já demonstra sinais de enfraquecimento. Fome mesmo... acho que só de novidades. Eu me adapto bem.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Penúltima
O capítulo desta história está quase no fim. Está mais para isso do que para fim de ciclo. A tacinha com a cerveja, um cigarro terminando de queimar no cinzeiro. Mais um trago e ele já era. A privada vai se enchendo de cinzas e pontas. Lua de queijo bola no céu. Minguante, adequada. Na minha direção. Sorrindo para mim, iluminando a alma noturna. Caetano girando na vitrola sem parar. Trilha da vida, da minha madrugada. Uma de muitas outras tão inesquecíveis quanto esta penúltima vez em Laranjeiras.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Ciclo
Dentro de horas, o ponto final. Na verdade, mais algumas reticências da existência. Sinal de sofrimento, deslocamento, coisas de momento. Muitos outros como este, ou pelo menos parecidos, virão por aí. Ansiedade de deixar, ânsia de mudar e muita preguiça. Mas alívio também. Saber dizer adeus, sair de cena. Quantos sabem fazer isso? Limpar o lodo e deixar o jardim transcender? Sempre em frente. Saudades? Só do futuro. Que venha!
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Rotina
Às 21h28 desci do ônibus. Por pouco não levei com a porta do supermercado na cara. É que fecha às 22h, sabe? Consegui comprar os filés de frango, o pão e a Coca-cola. Essa nunca pode faltar. Cheguei em casa e fui direto para o quarto, junto com as sacolas. Reparei que a ventania de hoje tinha rompido um dos fios do lado esquerdo da terceira persiana da janela. Subi na cadeira, retirei-a. Levei aquela surra para entender como poderia consertá-la. Mas consegui. Fui para a área, tinha uma pilha de roupa suja para lavar. Escolhi as peças mais importantes e as joguei dentro da máquina. Encarei a louça de dois dias. Venci. Tinha botado na cabeça que ia fazer um frango com gorgonzola, acompanhado de arroz com amendoim e batata palha. Peguei a tábua. Piquei a cebola e o frango. Separei um pedaço de gorgonzola. A Coca foi para o congelador. Refoguei o arroz, botei a Sade para cantar na sala. Ah! Antes da roupa, liguei para uma amiga. Para reclamar um pouco. Foi bom, fiquei aliviado, na verdade. Acendi um cigarro. Depois, um incenso. Voltei para a cozinha para vigiar o arroz. Em 20 minutos ficou pronto. Fritei o frango picado na manteiga com a cebola, coloquei o gorgonzola e uma colher de requeijão. Tudo pronto. Montei o prato e fui para a sala. Agora era a Annie Lennox que estava saindo pelas caixas. Queria ouvir alguma coisa leve, fácil, menos esporrenta. Deu certo. Terminado o rápido e delicioso jantar que, modéstia a parte, ficou maravilhoso. Retornei à área. A roupa precisava sair da máquina e se materializar na corda. Tirei tudo então. Voltei para a pia da cozinha e enfrentei uma nova louça. Fumei outro cigarro enquanto descrevia aqui as últimas três horas. Agora vou para o banho. Solidão, que nada. A cama me espera.
terça-feira, 30 de março de 2010
O Câncer
Ele ronda por aí. Detesta sol, luz, alegria. E consome muita energia. A conta sai cara, às vezes. Uma mancha que foi imposta sem o seu consentimento.
Tem gente que evita até a palavra. Bobagem. É impossível fugir dele, mas é possível lhe dar uma surra. Ainda que não me pertença, convivo há algum tempo com ele contra a minha vontade.
O câncer é traiçoeiro. Pode não estar com você, mas, ainda assim, está próximo. Perto de quem você ama ou destesta. Um amigo, um parente, ou até um inimigo.
Duas das pessoas mais queridas que eu tenho descobriram que possuiam o danado.
E, ao contrário de muita gente que tem, estão aí na batalha com muita dignidade.
É preciso. Têm uma vida que pode se esvair, a morte que assombra. Mas a vida em primeiro lugar. É nela que elas confiam, se apegam, graças a Deus. Deus? Vamos chamar de vida, energia, e não de Deus. Tem horas que essa existência divina parece o mesmo que nada.
Mas, de alguma forma, está por aí.
Enquanto a cura é uma meta, só a busca pela felicidade pode combatê-lo. Elas sabem.
São guerreiras, tiram força de onde sequer podiam pensar que houvesse alguma. E com bom humor. Ah! Porque se não tiver um rastro de alegria fica mais difícil ainda remar para frente.
Não só isso. O amor também. Essas palavras podem ser tolas perto de quem sente o que sente, mas fortalecem. Acredite: você que pode ajudar, fazer melhor, erguer para o alto, mais perto das estrelas até o que não está ao alcance. E confiar, mentalizar, com paciência.
Para todo mal, a cura!
Visite o blog E Tô Na Moda
Tem gente que evita até a palavra. Bobagem. É impossível fugir dele, mas é possível lhe dar uma surra. Ainda que não me pertença, convivo há algum tempo com ele contra a minha vontade.
O câncer é traiçoeiro. Pode não estar com você, mas, ainda assim, está próximo. Perto de quem você ama ou destesta. Um amigo, um parente, ou até um inimigo.
Duas das pessoas mais queridas que eu tenho descobriram que possuiam o danado.
E, ao contrário de muita gente que tem, estão aí na batalha com muita dignidade.
É preciso. Têm uma vida que pode se esvair, a morte que assombra. Mas a vida em primeiro lugar. É nela que elas confiam, se apegam, graças a Deus. Deus? Vamos chamar de vida, energia, e não de Deus. Tem horas que essa existência divina parece o mesmo que nada.
Mas, de alguma forma, está por aí.
Enquanto a cura é uma meta, só a busca pela felicidade pode combatê-lo. Elas sabem.
São guerreiras, tiram força de onde sequer podiam pensar que houvesse alguma. E com bom humor. Ah! Porque se não tiver um rastro de alegria fica mais difícil ainda remar para frente.
Não só isso. O amor também. Essas palavras podem ser tolas perto de quem sente o que sente, mas fortalecem. Acredite: você que pode ajudar, fazer melhor, erguer para o alto, mais perto das estrelas até o que não está ao alcance. E confiar, mentalizar, com paciência.
Para todo mal, a cura!
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Shanti/Ashtangi
Eu venero o gurú do pé de lótus
No despertar da felicidade da auto-revelação
Acima da compaixão
Trabalhando como um médico na selva
Para pacificar a perda da consciência
Do veneno de nossa existência
Com a forma de um homem
Com os ombros para o alto
Segurando um escudo, disco e espada
Milhares que tiveram suas cabeças como alvo
Eu faço uma reverência respeitosa
Paz.
*Written by Madonna and William Orbit. Adapted from text by Shankra Charya taken from the Yoga Taravali
No despertar da felicidade da auto-revelação
Acima da compaixão
Trabalhando como um médico na selva
Para pacificar a perda da consciência
Do veneno de nossa existência
Com a forma de um homem
Com os ombros para o alto
Segurando um escudo, disco e espada
Milhares que tiveram suas cabeças como alvo
Eu faço uma reverência respeitosa
Paz.
*Written by Madonna and William Orbit. Adapted from text by Shankra Charya taken from the Yoga Taravali
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
New Year's Day
Ontem, estava voltando do Rio para Niterói de barca, pela milésima vez, em 27 anos de habitação no mundo. Logo me surpreendi por a balsa ser aquela antiquíssima e não a moderna. É que a velha demora mais que o dobro para fazer a travessia. Isso me fez viajar no tempo. Lembrei de quanto tinha 17, e, pelo menos uma vez por semana, pegava a danada para ir ao Tablado. Eu queria ser ator naquela época. E consegui. Mas não só isso. Ao longo dos anos fui adquirindo multifunções...
Chovia o mundo nas águas da Baía de Guanabara. Enquanto observava a festa das águas, pensava em como aquele banho de chuva estava lavando, renovando as emoções. Uma década se passou. Tantos acontecimentos, comportamentos, mudanças, canções.
Busquei no fundo do meu cérebro-HD que música era a trilha do Réveillon de 10 anos atrás, mas não consegui lembrar. Lembro que me arrependi muito de ter vestido camisa cinza e calça preta. Logo na estreia em Copacabana, com 17 anos. Nunca tinha passado lá. Mas, assim que botei meus pés na esquina de Joaquim Nabuco com Atlântica, senti a energia das milhares pessoas vestidas de branco, ali por um mesmo motivo.
Dez anos depois, Copacabana me espera outra vez, pela oitava vez.
Tive um dos melhores anos da vidaa, senão o melhor, neste 2009 que vai se desintegrar em poucas horas.
Tudo que desejei na virada passada, transformei em realidade. Mas não foi sozinho. Sozinho é difícil. Não imagino como será, mas imagino um tanto melhor a próxima década. Sem apego ao passado. Saudades só do futuro.
Que venha!
Chovia o mundo nas águas da Baía de Guanabara. Enquanto observava a festa das águas, pensava em como aquele banho de chuva estava lavando, renovando as emoções. Uma década se passou. Tantos acontecimentos, comportamentos, mudanças, canções.
Busquei no fundo do meu cérebro-HD que música era a trilha do Réveillon de 10 anos atrás, mas não consegui lembrar. Lembro que me arrependi muito de ter vestido camisa cinza e calça preta. Logo na estreia em Copacabana, com 17 anos. Nunca tinha passado lá. Mas, assim que botei meus pés na esquina de Joaquim Nabuco com Atlântica, senti a energia das milhares pessoas vestidas de branco, ali por um mesmo motivo.
Dez anos depois, Copacabana me espera outra vez, pela oitava vez.
Tive um dos melhores anos da vidaa, senão o melhor, neste 2009 que vai se desintegrar em poucas horas.
Tudo que desejei na virada passada, transformei em realidade. Mas não foi sozinho. Sozinho é difícil. Não imagino como será, mas imagino um tanto melhor a próxima década. Sem apego ao passado. Saudades só do futuro.
Que venha!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Notícias de Amanhã (Dela)
Faz diferente esse ano.
Reinventa, vira do avesso.
Espanta essa melancolia
E esquece da tristeza.
Amanhã o dia é seu,
Todinho seu.
Então, comemora!
Não se amaldiçoa.
Celebra a vida que corre nessas veias.
Concentra no amor, na paz, na alegria.
Acorda com isso,
Sai vestida de felicidade.
Não pensa no que não pode fazer.
E sim no que te dá prazer.
Dá chance ao acaso.
Não se programa,
Apenas derrama
O melhor que carrega.
E enfrenta, sem medo,
O dia depois de amanhã.
Reinventa, vira do avesso.
Espanta essa melancolia
E esquece da tristeza.
Amanhã o dia é seu,
Todinho seu.
Então, comemora!
Não se amaldiçoa.
Celebra a vida que corre nessas veias.
Concentra no amor, na paz, na alegria.
Acorda com isso,
Sai vestida de felicidade.
Não pensa no que não pode fazer.
E sim no que te dá prazer.
Dá chance ao acaso.
Não se programa,
Apenas derrama
O melhor que carrega.
E enfrenta, sem medo,
O dia depois de amanhã.
sábado, 21 de novembro de 2009
Distrito Federal
É um lugar recente, prestes a completar 50 anos de existência, o que faz dela uma cidade interessante, ainda que esquisita. É planejada, desenhada, respira a arquitetura. Muitos viadutos, ruas, vias. E pouca gente nas ruas. Quase tudo é feito de carro. Mesmo o que parece estar perto, na verdade, não está. Mas há um céu que é maior que tudo. Não tem fim e parece mais próximo, devido a ausência de morros e montanhas que, aqui, não existem. O planalto é extenso. As estrelas, infinitas.
Quem vive em Brasília, parece gostar daqui. Há cheiro de política no ar. Todos tem posicionamentos, é uma coisa intrínseca, latente. Bonito de se ver. Por outro lado, falta glamour à capital do Brasil. Um certo ranso do interior ainda se faz presente. Algo de pretencioso também. O calor, a boca seca, e o excesso de melecas que isso causa. Onde estão os discos voadores?
Quem vive em Brasília, parece gostar daqui. Há cheiro de política no ar. Todos tem posicionamentos, é uma coisa intrínseca, latente. Bonito de se ver. Por outro lado, falta glamour à capital do Brasil. Um certo ranso do interior ainda se faz presente. Algo de pretencioso também. O calor, a boca seca, e o excesso de melecas que isso causa. Onde estão os discos voadores?
sábado, 10 de outubro de 2009
Crônica de Plantão
Dessa vez acertou o login de primeira. Uma ânsia de escrever preencheu o vazio da solidão. Não. Na verdade, ocupou um espaço que estava vazio. Dia movimentado passou. Chegou o sossego do sábado preguiçoso. Apenas Nina Simone, o vento e a chuva sob a meia luz. Um certo encantamento consigo. Parece que estava com medo deste momento. Tentou de tudo ao longo da tarde. Pensou muito enquanto ia a Petrópolis verificar o desabamento de um barraco que matou quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, por conta da chuva que teima em continuar. Delícia de barulho para alguns, destruição para outros. Recusou os convites. Preferiu passar no supermercado. Ligou o gás do chuveiro, esperou aquecer. Antes, ouviu Bethânia. Colocou assim que botou os pés em terra firme. É de elemento terra, precisa fincar raízes para encontrar segurança. Fumou, bebeu Pepsi e acalmou. Parece conhecer o caminho pois consegue se divertir com toda a ausência.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Madrugada (em Laranjeiras)
Cabine daqui a menos de oito horas. Vai dormir pouco. Gastou-se no fim de semana e agora vai pagar uma segunda-feira, sempre um dia de catarse - seja lá qual for. Mas sente que vai dar tudo certo. Há um alívio dentro de si. Esperança que não morre nunca, mas com alguma preocupação. Sabe se lá qual. Deve passar, sempre passa. Mas agora é para valer. A mundança externa, geográfica, foi feita. Só falta a "afinação da interioridade".
sábado, 12 de setembro de 2009
O Presente
Estou vivendo há 12 dias em uma nova casa. É uma espécie de catarse na vida. Coragem fazer isso debaixo de um inferno astral. Minimizei o fato apenas. Sei de sua existência. E parece que deu tudo certo como eu esperava. Até este décimo segundo dia em Laranjeiras. Neste quarto com móveis laranjas, tapetes, persianas brancas e colchão de molas. Ansioso pelos próximos 1o dias? Sim.. Mas, na verdade, o aniversário deixou de ser uma data tão estimada. Claro que estou planejando mais uma festa. Nunca vou perder esta oportunidade. É que a diferença está justamente na postura em relação a isso. A insegurança passou e são os alicerces que interessam. Os que passaram e ficaram. E só.
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